sábado, 23 de maio de 2009

Tibet - 58 anos depois do "Acordo entre o Governo central do Povo e o Governo Local do Tibete sobre medidas para a Pacífica Libertação do Tibete"

23 de Maio de 1951

A nação tibetana é uma das nacionalidades com uma longa história dentro das fronteiras da China e, como muitas outras, tem cumprido o glorioso dever de colaborar na criação e desenvolvimento da Grande Nação Mãe. Mas durante os últimos cem anos ou mesmo mais, forças imperialistas penetraram na China, e em consequência, penetraram igualmente na região do Tibete promovendo todo o tipo de enganos e provocações. Da mesma forma que os governos reaccionários anteriores, o governo reaccionário do KMT (Kuomintang) continuou a promover uma política de opressão e espalhou a discórdia entre as nacionalidades, causando desunião e divisão entre o povo Tibetano. O Governo Local do Tibete não se opôs ao engano imperialista e às suas provocações, tendo adoptado antes uma atitude anti patriótica perante a Grande Nação Mãe. Sob essas circunstâncias, o povo e a nação tibetana foram mergulhadas nas profundezas da escravatura e sofrimento.
Em 1949 durante a Guerra de Libertação do Povo Chinês, conseguiu-se obter a vitória à escala da nação; o inimigo comum interno de todas as nações - o governo reaccionário do KMT - foi derrotado; e o inimigo comum externo - as agressivas forças imperialistas - foram expulsas. Nesta base, foi anunciada a fundação da República Popular Chinesa e do Governo Central do Povo.
De acordo com o Programa Comum, deliberado pela Conferência Política Consultiva do Povo Chinês, o Governo Central do Povo declarou que todas as nações dentro das fronteiras da República popular da China são iguais, e que devem estabelecer a unidade e ajuda mútua e opor-se ao imperialismo e aos seus inimigos comuns, por forma a que a República Popular da China se torne numa grande família de fraternidade e cooperação, composta por todas as suas nacionalidades. Dentro desta grande família de nações da República Popular da China, a autonomia regional nacional é para ser exercida nas áreas onde as minorias nacionais se encontram concentradas, e todas as minorias nacionais devem ter liberdade para desenvolver as suas línguas quer escritas quer orais e para preservar ou reformar os seus costumes, hábitos, e crenças religiosas, e o Governo Central do Povo deverá prestar apoio a todas as minorias nacionais para o desenvolvimento do trabalho de construção político, económico, cultural e educacional. Desta forma, todas as nações do país, com excepção do Tibete e de Taiwan, obtiveram a liberdade. Sob a liderança unificada do Governo central do Povo, e da liderança directa das altas cúpulas dos Governos do Povo, todas as minorias nacionais, gozam plenamente do direito de igualdade nacional e exerceram ou estão ao exercer autonomia regional nacional.
Por forma a que as influencias das agressivas forças imperialistas no Tibete sejam eliminadas com sucesso, a unificação do território e a soberania da República Popular da China seja conseguida; a defesa da nação salvaguardada;
Por forma a que a nação tibetana e o seu povo sejam libertados e possam regressar à grande família da República Popular da China para usufruirem dos mesmos direitos de igualdade nacional como todas as outras nações do país e desenvolver o seu trabalho político, económico, cultural e educacional, o Governo Central do Povo, quando ordenou que o Exército de Libertação do Povo marchasse sobre o Tibete, notificou o Governo Local do Tibete para que enviasse delegados junto das Autoridades Centrais para que se dialogasse no sentido de se concluir um acordo de medidas para a pacífica libertação do Tibete. Em finais de Abril de 1951, os delegados com poderes totais do Governo Local Tibetano chegaram a Pequim. O Governo Central do Povo designou representantes com poderes absolutos para conduzir as conversações numa base amistosa com os delegados do Governo Local Tibetano. O resultado das conversações foi que ambas as partes concordaram em estabelecer o seguinte acordo e garantir a sua implementação.

1 - O povo tibetano unir-se-à e expulsará as forças agressivas imperialistas do Tibete para que o povo tibetano possa regressar para a grande família da mãe pátria - A república Popular da China.

2 - O Governo Local do Tibete assistirá activamente o Exército de Libertação do Povo a entrar no Tibete e a consolidar as defesas nacionais.

3 - De acordo com a política do programa comum da Conferência Política Consultiva do povo Chinês o povo Tibetano tem o direito de exercer a autonomia regional nacional sob a liderança unificada do Governo Central do Povo.

4 - As Autoridades Centrais não alterarão o sistema político actual no Tibete. As autoridades centrais não alterarão também o status, funções e poderes do Dalai Lama. Os funcionários dos vários níveis deverão manter as suas funções habituais.

5 - O status, funções e poderes do Panchen Lama manter-se-ão inalteradas.

6 - Por status, funções e poderes do Dalai Lama e do Panchen Lama, dever-se-á entender o status, funções e poderes do 13º Dalai Lama e do 9º Panchen Lama quando os mesmos se encontravam em relações amigáveis e de amizade entre eles.

7 - A política de crença religiosa preconizada pelo Programa Comum da Conferência Política Consultiva do Povo Chinês será protegida. As Autoridades Centrais não afectarão as receitas dos mosteiros.

8 - As Forças Militares Tibetanas serão reorganizadas passo a passo dentro do Exército de Libertação do Povo e serão parte das forças de defesa do Governo Central do Povo.

9 - A língua escrita e falada e a educação escolar da nação tibetana serão desenvolvidas passo a passo de acordo com as condições actuais do Tibete.

10 - A agricultura, criação de gado, indústria e comércio tibetanos serão desenvolvidos passo a passo e estilo de vida do povo será melhorado passo a passo de acordo com as condições actuais do Tibete.

11 - No que se refere às várias reformas no Tibete não haverá imposição pelas Autoridades Centrais. O Governo Local Tibetano deverá implementar as reformas conforme entender, e quando o povo solicitar reformas, as mesmas deverão ser implementadas com a consulta das pessoas encarregues pelo Tibete.

12 - Desde que os antigos funcionários pró-imperialistas e pró-kuomintang cessem resolutamente relações com o imperialismo e o Kuomintang e não se envolvam em actividades de sabotagem ou resistência, poderão conservar os seus postos, apesar do seu passado.

13 - O Exército de Libertação do Povo, ao entrar no Tibete cumprirá as políticas atrás mencionadas e será justo em todas as vendas e compras e não retirará nem que seja uma agulha ou o que quer que seja arbitrariamente ao povo.

14- O Governo Central do Povo conduzirá todos os negócios estrangeiros da área do Tibete; haverá coexistência pacífica com os países vizinhos bem como o desenvolvimento e estabelecimento de relações comerciais justas com eles tendo por base a igualdade, o benefício mútuo e mútuo respeito pelo território e soberania.

15 - Por forma a garantir a implementação deste acordo, o Governo Central do Povo, instalará um Comité Militar e Administrativo e um Quartel General no Tibete, e à parte do pessoal enviado pelo Governo Central do Povo este deverá absorver o máximo possível de pessoal tibetano. O pessoal tibetano que tomará parte no Comité Militar e Administrativo incluirá elementos patrióticos do Governo Local Tibetano, vários mosteiros locais ou principais. A lista de nomes deverá ser preparada depois da consulta entre os representantes do Governo Central do Povo e os vários quadrantes interessados e terá que ser submetida ao Governo Central do Povo para aprovação.

16 - Os fundos necessários para o Comité Militar e Administrativo, para o Quartel General bem como para o Exército de Libertação do Povo que vai entrar no Tibete serão fornecidos pelo Governo Central do Povo. O Governo Local Tibetano deverá assistir o Exército de Libertação do Povo na compra e transporte de alimentos, roupas e noutras necessidades diárias.

17 - Este acordo entrará em vigor imediatamente após as assinaturas e selos lhe serem afixadas.

domingo, 17 de maio de 2009

O Lambão

Estado de coisas

Naturalmente acredita que algumas pessoas acham que os cargos que ocupam lhes são devidos por nascimento e que o conservadorismo é a adicção dos snobes. Também considera que a direita chique deste país está envenenada pela Igreja, que considera a mais vil invenção da humanidade, baseada aparentemente num modelo de bem. A Igreja destrói a personalidade e não é, como apregoam os seus "meninos de coro", uma escola de virtudes. Abomina os meninos burgueses e os novos "benzocas". Putos de cabelo comprido e tiques nervosos e medalhas de santinhos ao peito. Adora o trabalho e considera que é a única forma de produzir riqueza. Considera que essa riqueza deve ser redestribuída para gerar ainda mais riqueza e defende que deve haver uma nova revolução. O quanto mais depressa, melhor...

terça-feira, 12 de maio de 2009

A modinha....




Hoje, perdi metade do meu dia numa reunião numa empresa que, de tanto estar absorta com o seu umbigo perde terreno a olhos vistos perante a sua concorrência.
Estranhamente não consegui que as pessoas que constantemente inventaram as mais descabidas questões percebessem a diferença entre não ter nada e ter alguma coisa.
Creio que muitas delas desejam o perpetuar de uma situação estagnada. Essas são as que dominam nos dias de hoje, e que tudo farão para que as coisas se mantenham.
Enfim. É a velha modinha de sempre. Um "lost in detail"...

sábado, 2 de maio de 2009

À Hora dos Tritões


Mais um dia. Mais uma noite. Ouço o suave murmúrio das águas. Estão encantadas.
A lógica sombria de uma voz que apregoa a felicidade. Um relógio num estação apinhada de ovelhas prontas para o matadouro. A fome que faz desmesuradas barrigas.
O Negro.
Caravelas ancoradas, naus de pimenta-do- reino e sonhos peregrinos à Terra Santa dos Altares Profanos. A luz que insiste em cegar as estrelas. Um olhar atónito do mundo surdo.
Uma nota ao longe como um violino solitário.
Regressa a casa a alma em desassossego para encontrar os túmulos vazios de tanto choro. Neste momento o mundo vê a sua face transfigurada.
A paz de uma calçada na madrugada, um baloiço vazio ao vento. O sangue corre dentro de mim como numa caldeira assombrosa.
Suspiro como um canto. A sereia sonha com os Tritões. A morte chega pela frescura da manhã de Primavera.
O lago, o cisne alado de branco... a forma... o conteúdo...

Chegou a hora dos Tritões.

sábado, 25 de abril de 2009

Liberdade 25/4


Esvai-se o som na noite
sob o perfume das flores-
um sino tocou.

Matsuo Bashô
(era uma Quinta-feira de Abril)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Dia da Terra

No dia 22 de Abril celebra-se o Dia da Terra. O pensamento sobre a existência de um dia como este de facto surpreende-me essencialmente com a sua necessidade.

Na verdade vivemos sob a ameaça de uma catástrofe natural. A nossa Terra corre sérios riscos de desaparecer das nossas vidas. Somos demasiados e consumimos demasiadamente. Torna-se arriscado (passe o alarmismo) viver descuidadamente e sem nenhuma restrição, abusando dos recursos e deixando aquilo que se chama uma “pegada ecológica”.

O que posso desejar para este “Dia da Terra” é que inspire as pessoas a tomarem os cuidados necessários para deixar às gerações vindouras.

Deixemos então as palavras. Façamos o teste e passemos à acção. Eu passei.


Definição de “Pegada Ecológica”

An ecological footprint measures the land and sea area people require to produce resources that we consume. This includes our food, our clothes, fuel we use for our cars and building materials for our homes. It also measures how much land and water is required to deal with the waste products of our consumption, such as carbon dioxide and rubbish.

domingo, 12 de abril de 2009

Funcionários da Loja do Cidadão de Faro obrigados a "Dressing Code"

Será Revolução de Abril ao fim de 35 anos uma farsa? Todos fomos aos poucos perdendo a inocência e a poesia de uma revolução que nos podia ter feito um povo novo e melhor. Um povo de progresso. E no princípio talvez assim tenha sido. No entanto o tempo foi passando e as conquistas, que francamente não percebo porque assim são chamadas, dado que a meu ver se tratam essencialmente de evoluções naturais que estavam impedidas de surgir, foram-se perdendo e desvanecendo. Esta notícia aparece no jornal da noite da SIC e pretende-se com ela dar um pouco de animação a uma sexta-feira Santa já mais que morta e enterrada. Uma espécie de “Regresso ao Futuro II” ou “Os Dez Mandamentos” ou até a “Música no Coração”… algo repetido vezes sem conta mas que apela sempre ao eterno saudosismo português. O mais estranho, de facto corresponde à subtil informação que nos vem de Faro, após a notícia acabada de transmitir sobre a indignação de alguns políticos de Abril que, referindo-se ao estado das coisas anunciam a sua preocupação e desespero pelo caminho que a revolução acabou por levar. Mário Soares e Manuel Alegre.
Na verdade indigna-me estas posições de força dos patrões e dos governos que debaixo da pata da democracia tentam sempre e constantemente dar asas a uma postura de poder absoluto. Isto é, numa sexta-feira santa em que Cristo (o filho de Deus) está morto, o demónio anda à solta. O demónio que os tenta a deixarem-se levar pelo desejo de serem nem que seja nestas pequenas coisas umas espécies de tiranos.
Só concebo estas atitudes de demonstração de poder para dar algumas notas. A primeira das notas é a da despersonalização. Ou seja o vestuário tendencialmente igual indiferencia as pessoas e identifica-as como pertença a um grupo. Assustador que o Estado promova a indiferenciação por pertença. Neste momento poderemos todos estar certos que seremos atendidos indiferenciadamente por qualquer pessoa daquele grupo. A segunda das notas está intimamente relacionada com aquilo a que gosto de chamar de “síndroma da farda”. Quero dizer com isto que se o estado não tem dinheiro para pagar as fardas que deseja sejam utilizadas pelos seus colaboradores deverá abster-se de referências a “dressing codes”. Aliás digo isto a qualquer empresa. Se não estão dispostos a pagar o necessário para que as pessoas andem vestidas de acordo com um código qualquer então não devem fazer qualquer tipo de exigências. As pessoas devem ser integradas pelo seu trabalho e não pela sua aparência. sendo que a aparência por se tratar de algo tão pessoal deva ser deixado de fora de tais critérios ou disposições.
sou contra, definitivamente, a tudo o que diga respeito a regras quanto ao que considero ser estritamente individual. Defendo que a forma como estou vestido não influencia o meu pensamento, não me torna mais capaz para o desempenho de uma tarefa ou não me torna mais inteligente.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Viagem à Madeira (2º Dia)

Às 9:00 horas já se encontrava no local o nosso guia o Sr. Fernando. Hoje a visita á Ilha ia fazer-se pelo lado Oriental em ambos os locais Norte e Sul. O nosso dia começou com a visita ao Jardim Botânico. Um sítio maravilhoso e fantástico. Bem decorado e ajardinado onde podemos constatar um soberbo deleite em indicar às pessoas que as espécies da Madeira estão preservadas naquele local fantástico. Existe para além desse refúgio da flora um parque com mais de 80 espécies de papagaios. saímos dali em direcção ao Terreiro da Luta, um local onde foi construída uma imagem de Nossa Senhora e onde, em forma de Rosário, foram dispostas as pedras de praia ligadas por correntes dos navios afundados no Funchal durante o ataque alemão na Primeira Guerra Mundial. Quer as pedras do rosário, quer as correntes de navio foram carregados até ao local, a pé e à mão por cerca de 300 homens em procissão até ao cimo do monte. Pelo caminho passámos pelo parque ecológico do Funchal. No Pico do Areeiro não conseguimos ver grande coisa porque estava muito nevoeiro. Dali podemos percorrer uma das pequenas rotas mais impressionantes da Madeira que é ir até ao Pico Ruivo (1882m). Voltámos atrás e começámos a descer para o Ribeiro Frio, onde iremos almoçar a famosa sopa de Tomate e Cebola, a Espetada de Carne em espeto de Louro, o bolo do caco e o folhado de amêndoa, mas antes fizemos uma levada e visitámos os balcões que tem uma vista fabulosa sobre o lado norte da ilha uma vista que desce pelo vale até à área de Santana. Depois do Almoço (formidável) fomos em direcção de Santana para visitar as casas tradicionais com telhado de colmo. Este telhado é renovado quase todos os seis anos e a Câmara de Santana patrocina todos quantos quiserem viver desta forma. No entanto, apesar de termos visitado uma casa que supostamente é habitada é um facto que ninguém vive nelas. Com os confortos dos dias de hoje é complicado viver no desconforto de algo que perdura há mais de 220 anos.
Dali seguimos em direcção à ponta Oriental da Ilha. A ponta de S. Lourenço. Esta zona é completamente diferente do resto da Ilha. Uma zona árida, e sem vegetação pese embora o facto de ter chovido e haver algum verde. Depois fomos até Machico que se encontra no fundo do maior vale da Ilha e junto ao mar. De facto trata-se da primeira cidade da Madeira. A cidade onde aportou o primeiro navio de Tristão Vaz Teixeira vindo de Porto Santo. A cidade do Funchal foi a segunda capitania entregue a João Gonçalves Zarco. Subimos depois em direcção à Camacha onde visitámos uma fábrica de cestaria e artesanato local. também aqui que se jogou futebol pela 1ª vez em Portugal. Descemos em direcção ao Funchal para irmos jantar e descansar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Viagem à Madeira (1º Dia)

O dia começou por volta das 8.30 da manhã. O nosso guia, o Sr. Fernando tem 67 anos mas é um conhecedor profundo da Madeira e de todos os seus recantos. É taxista na ilha há mais de 40 anos. Para primeira coisa rumámos ao Curral das Freiras. Trata-se de uma cratera habitada escolhida desde tempos remotos pelos primeiros habitantes da Ilha para fugir aos piratas franceses que assolavam as suas costas. Durante muito tempo a sua população viveu isoladado resto do mundo, aliás, como nos foi explicado isso acontecia até há bem pouco tempo. O Governo autónomo da Madeira (e pode ser discutível) tem tentado desenvolver ao máximo estas regiões remotas e recônditas. As principais preocupações estão relacionadas com a Educação e a saúde. Na verdade qualquer freguesia está apetrechada com 1 centro de saúde e uma Farmácia. Também têm escolas… sim, mesmo as mais recônditas. A Ilha vive essencialmente da agricultura e claro, da pesca. O grosso da coluna é a banana que se dá até aaos trezentos metros de altitude e depois outras culturas. A fruta é essencial e depois temos todos os produtos hortícolas, Batata, batata doce, vinha, morangos, trigo, ffeijão verde, cebola, alface, etc…
Como disse a nossa primeria paragem para hoje foi o Curral das Freiras, mas primeiro visitámos um miradouro onde tivemos uma vista fabulosa sobre essa população alcantilada e disposta circularmente dentro do extinto cone vulcânico. Deve ser das últimas povoações a residir dentro de um cone vulcânico e quase se poderá dizer que provavelmente será a única ou a última. Do miradouro até à povoação descemos por uma vereda que nos levou cerca de 1 hora a concluir. Dantes este era o único caminho viavél para entrar ou sair da localidade. Os bens e haveres eram transportados às costas das pessoas, uma ida ao médico obrigava a esse caminho ingreme e custoso. Uma ida ao médico de uma pessoa acamada era feita por quatro homens que se revesavam no transportde de uma rede suspensa num pau que era carregado aos ombros.
Após uma pequena visita à Igreja matriz e ao cemitério podemos constatar que no cemitério existem cruzes pretas e cruzes brancas e que as pretas são mais numerosas que as brancas o que aparentemente podia ser uma mera conveniência de gosto. Na verdade isso tem um significado interessante para os madeirenses. As cruzes pretas são para pessoas casadas e as brancas para solteiras. Inclusivamente para além da cruz branca as pessoas solteiras são enterradas num caixão igualmente branco.. Bebemos um café e seguimos viagem. Rumámos para a costa sul para subirmos a Serra da Água com o sentido de alcançarmos a costa norte. Pelo caminho fomos à Pousada dos Vinháticos e ao continuar a subir parámos no miradouro da Encumeada. dali podemos ver através de um vale de um lado e de outro, o mar Norte e o mar Sul da Ilha. Um espectáculo maravilhoso e interessante dado que dali para a frente iniciávamos a descida para S. Vicente, passando pelo famoso Chão dos Louros e pelas Grutas Vulcânicas.E assim foi. Chegámos a S. Vicente e após uma breve visita rumámos logo directos por baixo de inúmeros túneis e outras tantas cascatas a Porto Moniz onde fomos comer no restaurante Orca as especialidades da terra. sopa de peixe, lapas, filete de espada com banana , bifes de atum com milho e para sobremesa um magnífico pudim de maracujá. Café e licor de maracujá para arrematar. Tudo regado com Quinta da Aveleda dado que o vinho que nos sugeriram de seiçale a garrafa custava 14 euros.Uma maravilha.
Dali seguimos a nossa jornada voltando a atravessar a ilha agora no sentido inverso. Passámos por várias terras e por várias paragens, passando por uma zona planáltica chamada Paul da Serra, descendo depois em direcção da Calheta com duas novas praias com areia de Marrocos. Um sítio formidável onde após termos passado a Ponta do Sol alcançámos a Ribeira Brava. Seguimos dali até ao Cabo Girão, com vistas soberbas sobre a costa sul da Ilha. Um barranco a pique sobre o Oceano com 580m de altura. Seguimos para Câmara de Lobos para bebermos a melhor poncha da Madeira que é feita de maracujá. Uma delícia. Acabámos a nossa viagem no Hotel de onde seguimos para jantar.

sábado, 28 de março de 2009

The Brussels Trip


Viajar até Bruxelas pode ser uma experiência inesquecível. Bruxelas é a capital da Bélgica e fica a pouco mais de duas horas e trinta minutos de Lisboa se viajarmos de avião.
Hoje em dia a viagem é algo banal. Algo insípido e carneiresco mas que dantes era levado seriamente num ritual no mínimo interessante.
Agora seguimos constantes filas para a próxima etapa até ao embarque onde somos recebidos pela sempre sorridente tripulação. Num desenrolar monótono e insípido de optimização do espaço e do tempo. Parecemos carneiros para a tosquia...
Bruxelas é uma cidade cara. Os táxis são caros, a alimentação é um absurdo, os transportes são velhos...
Bruxelas tornou-se o centro da vida Europeia graças ao Parlamento Europeu, e do mesmo modo se tornou num "melting pot" da região. Tudo e todos vão dar a Bruxelas como antigamente tudo ia ter a Roma. No entanto o centro do mundo europeu é mais do que uma amálgama de europeus. Durante os anos setenta os belgas de Bruxelas seguiram aquilo que se sucedeu à onda hippie dos anos 60. Assolados por uma febre qualquer decidiram retirar-se da cidade e irem para o campo viver. Esse êxodo deixou o centro e as novas áreas de habitação vazias que foram tomadas a preços irrisórios pelos imigrantes, árabes, congoleses, e agora as novas vagas de Leste e da China. Enfim, Bruxelas não é mais dos Belgas.
Há no entanto outro grande cisma, Bruxelas sendo a capital e sede do parlamento europeu, não se encontra na zona francesa (francófona) da região. Sendo parte da zona Flamenga, é reclamada por aqueles que pretendem ver as suas intenções separatistas concretizadas em ambos os lados, sem que nenhuma pretenda cede-la à outra parte.
De acordo com os próprios belgas é Bruxelas que tem mantido a Bélgica unida.

domingo, 15 de março de 2009

Pancromatic - Novo Site de Fotografia


Durante algum tempo debati-me na Blogosfera com uma espécie de inveja daqueles que tinham um blog de fotografia. Nessa altura a minha maior preocupação era aqueles comandos de next e previous que nos faziam navegar no portfólio dos fotógrafos digitais.
Corri tudo nessa altura e criei aqui no blogger aquilo a que resolvi chamar (para alguns com alguma saudade, eu sei) O Mundo Zorg. Logo de seguida, insatisfeito com o resultados e a performance desta plataforma no que dizia respeito a photoblogs, encontrei mais algum código que me permitiu fazer o "Black and white freaks you out" que durou até à descoberta da plataforma aminus3.
Ai foi criado aquele que eu considero o meu primeiro photoblogue - Hagakure - que só viria a ser abandonado pelo facto de querer separar claramente o período Canon do período Nikon. Nessa altura foi criado na mesma plataforma o Pancromatic.

Sendo que ainda hoje conserva esse nome, o nov photoblogue é independente da plataforma aminus3 e foi construído com base no proposto pelo pixelpost.

Na verdade, o gosto pela fotografia e o entusiasmo da liberdade de poder ter um espaço real e individual fizeram com que tomasse a decisão que vos estou aqui a comunicar.

Disfrutem e voltem sempre.

Godaikan - Dojo de Takemusu Aikido da Amadora




É com enorme prazer que anuncio aqui no Druantia o novo site do Dojo de Aikido da Amadora.

Passem por lá e deixem-se ficar para ganhar o gosto.

Godaikan significa Casa dos Cinco Elementos: Vazio; Vento; Fogo; Água e Terra.