quinta-feira, 2 de abril de 2009

Viagem à Madeira (1º Dia)

O dia começou por volta das 8.30 da manhã. O nosso guia, o Sr. Fernando tem 67 anos mas é um conhecedor profundo da Madeira e de todos os seus recantos. É taxista na ilha há mais de 40 anos. Para primeira coisa rumámos ao Curral das Freiras. Trata-se de uma cratera habitada escolhida desde tempos remotos pelos primeiros habitantes da Ilha para fugir aos piratas franceses que assolavam as suas costas. Durante muito tempo a sua população viveu isoladado resto do mundo, aliás, como nos foi explicado isso acontecia até há bem pouco tempo. O Governo autónomo da Madeira (e pode ser discutível) tem tentado desenvolver ao máximo estas regiões remotas e recônditas. As principais preocupações estão relacionadas com a Educação e a saúde. Na verdade qualquer freguesia está apetrechada com 1 centro de saúde e uma Farmácia. Também têm escolas… sim, mesmo as mais recônditas. A Ilha vive essencialmente da agricultura e claro, da pesca. O grosso da coluna é a banana que se dá até aaos trezentos metros de altitude e depois outras culturas. A fruta é essencial e depois temos todos os produtos hortícolas, Batata, batata doce, vinha, morangos, trigo, ffeijão verde, cebola, alface, etc…
Como disse a nossa primeria paragem para hoje foi o Curral das Freiras, mas primeiro visitámos um miradouro onde tivemos uma vista fabulosa sobre essa população alcantilada e disposta circularmente dentro do extinto cone vulcânico. Deve ser das últimas povoações a residir dentro de um cone vulcânico e quase se poderá dizer que provavelmente será a única ou a última. Do miradouro até à povoação descemos por uma vereda que nos levou cerca de 1 hora a concluir. Dantes este era o único caminho viavél para entrar ou sair da localidade. Os bens e haveres eram transportados às costas das pessoas, uma ida ao médico obrigava a esse caminho ingreme e custoso. Uma ida ao médico de uma pessoa acamada era feita por quatro homens que se revesavam no transportde de uma rede suspensa num pau que era carregado aos ombros.
Após uma pequena visita à Igreja matriz e ao cemitério podemos constatar que no cemitério existem cruzes pretas e cruzes brancas e que as pretas são mais numerosas que as brancas o que aparentemente podia ser uma mera conveniência de gosto. Na verdade isso tem um significado interessante para os madeirenses. As cruzes pretas são para pessoas casadas e as brancas para solteiras. Inclusivamente para além da cruz branca as pessoas solteiras são enterradas num caixão igualmente branco.. Bebemos um café e seguimos viagem. Rumámos para a costa sul para subirmos a Serra da Água com o sentido de alcançarmos a costa norte. Pelo caminho fomos à Pousada dos Vinháticos e ao continuar a subir parámos no miradouro da Encumeada. dali podemos ver através de um vale de um lado e de outro, o mar Norte e o mar Sul da Ilha. Um espectáculo maravilhoso e interessante dado que dali para a frente iniciávamos a descida para S. Vicente, passando pelo famoso Chão dos Louros e pelas Grutas Vulcânicas.E assim foi. Chegámos a S. Vicente e após uma breve visita rumámos logo directos por baixo de inúmeros túneis e outras tantas cascatas a Porto Moniz onde fomos comer no restaurante Orca as especialidades da terra. sopa de peixe, lapas, filete de espada com banana , bifes de atum com milho e para sobremesa um magnífico pudim de maracujá. Café e licor de maracujá para arrematar. Tudo regado com Quinta da Aveleda dado que o vinho que nos sugeriram de seiçale a garrafa custava 14 euros.Uma maravilha.
Dali seguimos a nossa jornada voltando a atravessar a ilha agora no sentido inverso. Passámos por várias terras e por várias paragens, passando por uma zona planáltica chamada Paul da Serra, descendo depois em direcção da Calheta com duas novas praias com areia de Marrocos. Um sítio formidável onde após termos passado a Ponta do Sol alcançámos a Ribeira Brava. Seguimos dali até ao Cabo Girão, com vistas soberbas sobre a costa sul da Ilha. Um barranco a pique sobre o Oceano com 580m de altura. Seguimos para Câmara de Lobos para bebermos a melhor poncha da Madeira que é feita de maracujá. Uma delícia. Acabámos a nossa viagem no Hotel de onde seguimos para jantar.

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